São Paulo, sexta-feira, 2 de dezembro de 1994 |
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Nestlé tem fôlego para ir até o fim do ano sem reajustes, diz Dallari
FILOMENA SAYÃO
A afirmação é do assessor especial para preços do Ministério da Fazenda, José Milton Dallari. Ele se reuniu ontem com Roland Meyes, presidente da Nestlé, multinacional de capital suíço. Meyes havia afirmado na semana passada que não suportava mais os aumentos de custos nas embalagens e matérias-primas e que iria aumentar seus preços. "A Nestlé nos provou os aumentos de custos que sofreu. Discutimos também os preços que a empresa praticou na virada da URV (Unidade Real de Valor) e do real. Chegamos à conclusão que até o final do ano não se mexe em nada." Segundo Dallari, a indústria queria reajustar seus preços, em média, por volta de 4,3%. "Esse nível é plenamente absorvível pela empresa sem nenhuma dificuldade." Dallari também se reuniu com o setor do café. Afirmou que o país está sem problemas de abastecimento do produto. Na semana passada foi constatada queda nos preços no varejo entre 5% e 6% em alguns tipos de café e por volta de 10% em outros tipos, acrescentou. "A tendência é de queda." Em função disso, o Comitê Brasileiro do Café e o governo decidiram suspender, temporariamente, os leilões de estoques reguladores do produto. Na segunda quinzena de janeiro haverá uma nova reunião para reavaliar a agenda dos leilões, que continuam com seus mecanismos inalterados. Texto Anterior: Procon diz que importação direta por Correios pode trazer prejuízos Próximo Texto: Comércio inglês abre 24 horas Índice |
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