São Paulo, terça-feira, 6 de dezembro de 1994
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Jogo de empurra; Intriga palaciana; Perto do altar; À flor da pele; Chute no escuro; Silêncio estratégico; Contribuição

Jogo de empurra
Itamar disse anteontem, no Rio, que para aumentar o salário mínimo ainda depende da entrega de estudos feitos pelo Ministério da Previdência. Lá, os técnicos informam que todo o material já foi enviado para o Palácio do Planalto.

Intriga palaciana
Os assessores mais próximos de Itamar afirmam que a Previdência ainda não entregou os estudos sobre o mínimo. E desdenham: "Será que vão entregar?" Pelo jeito, se depender do Planalto, vai sobrar para FHC decidir a parada.

Perto do altar
Tem casamento à vista na família Franco em 95. Mas é da filha mais velha de Itamar, Georgiana. Ela só espera o pai deixar o governo para marcar a data.

À flor da pele
A antecipação em cinco dias do julgamento de Collor no STF pegou alguns ministros de surpresa. Em clima de terrorismo, eles ameaçam pedir vistas do processo, adiando o julgamento e deixando o ex-presidente ainda mais tenso.

Chute no escuro
Previsão de colloridos sobre o julgamento do ex-chefe no STF: "Vai ser oito a zero". Só não se arriscam a dizer se pela condenação ou pela absolvição.

Silêncio estratégico
Criticado pela fragilidade da sua acusação contra Collor, Aristides Junqueira decidiu só se pronunciar após o julgamento. Ontem, cancelou a ida ao seminário sobre corrupção e democracia, na Embaixada dos EUA em Brasília.

Contribuição
Itamar doou um óleo sobre tela de seu acervo particular para um leilão do Comitê de Ação da Cidadania, em Juiz de Fora. A obra é de sua irmã Mathilde Franco, que adota o nome artístico de "Thil".

Do senador eleito pela Bahia Antônio Carlos Magalhães (PFL), em resposta a Aloizio Mercadante (PT) que disse que FHC se reunia com Hobsbawm, mas continua despachando com ACM para formar o governo:
– Em vez de se preocupar tanto com o Fernando Henrique e comigo, Mercadante devia se preocupar com o PT e a Odebrecht.

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