São Paulo, terça-feira, 6 de dezembro de 1994
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Dirceu testemunha em ação contra filósofo

DA REPORTAGEM LOCAL

O deputado José Dirceu (PT-SP) depôs ontem como testemunha de defesa no processo criminal que o deputado Roberto Cardoso Alves (PTB-SP) move contra o filósofo e colaborador da Folha Roberto Romano.
Cardoso Alves acusa Romano de injúria e difamação em razão do artigo "O Prostíbulo Risonho", publicado em 6 de setembro de 1993 na seção "Tendências/Debates" da Folha.
Professor titular de filosofia política da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Romano comentou no artigo reportagem da Folha sobre prostituição no Congresso e fez críticas a parlamentares, entre eles Cardoso Alves.
A reportagem fazia referência à atuação da funcionária da liderança do PTB Maria Betânia, acusada da prática de lenocínio dentro do Congresso Nacional.
Dirceu afirmou no depoimento que, depois da publicação da reportagem, Cardoso Alves defendeu Maria Betânia em discurso na Câmara dos Deputados.
Dirceu acrescentou que Cardoso Alves, não "faz segredo" de que a expressão "é dando que se recebe", citada no artigo de Romano, é de "sua autoria".
No jargão político de Brasília, segundo Dirceu, a expressão é usada no sentido de troca de favores entre políticos e a administração pública.

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