São Paulo, terça-feira, 6 de dezembro de 1994 |
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Vítima do exército levou 5 tiros
SERGIO TORRES
Na tarde de anteontem, o major Francisco Paiva, relações-públicas do Comando Militar do Leste, informou que Pacheco foi morto com um tiro na cabeça após disparar contra soldados ao tentar furar um bloqueio militar. Segundo laudo corporal assinado pelas legistas Antonieta Campos Xavier e Elcira Lígia Reimão de Melo, além do tiro na cabeça, Pacheco recebeu três tiros nas costas e um na perna direita. O laudo conclui que os tiros nas costas foram tão fatais quanto o que penetrou a cabeça da vítima. O tiro na cabeça causou, diz o laudo, "destruição parcial do couro cabeludo com perda de vários ossos da calota craniana" e "destruição de encéfalo". Os disparos que atingiram as costas de Pacheco perfuraram os dois pulmões, estômago e o músculo diafragma. Os ferimentos resultaram em um processo hemorrágico classificado pelo laudo como "intenso". O laudo do IML não aponta a distância da qual os tiros foram disparados. As balas que atingiram as costas da vítima não chegaram a sair pelo tórax, que estava intacto. O documento também não esclarece os calibres das balas que mataram Pacheco. Segundo o major Paiva, o tiro que penetrou a cabeça da vítima partiu de um FAL (fuzil automático leve). Um quinto tiro perfurou a perna direita de Pacheco. A bala entrou pela base da panturrilha, causando "fratura completa" dos ossos "tíbia e fíbula". O disparo saiu pelo calcanhar. Texto Anterior: Tropas têm ordem de 'responder com fogo' Próximo Texto: Baleado não tinha ficha policial Índice |
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