São Paulo, quinta-feira, 8 de dezembro de 1994
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PFL vai ter menos do que deseja, diz ACM

DANIEL BRAMATTI; GABRIELA WOLTHERS; FERNANDO GODINHO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PFL vai ter menos ministérios do que pretende no governo Fernando Henrique Cardoso. A constatação é do principal líder pefelista, o senador eleito Antônio Carlos Magalhães (BA).
"O partido terá mais ministros do que andam dizendo, mas menos do que deseja", disse ACM, após participar de um reunião de FHC com parlamentares do PFL.
Perguntado sobre o número ideal de vagas no primeiro escalão, ACM respondeu, rindo: "O PFL gostaria de ter todos os ministérios, mas não vai ter". Mais tarde, afirmou: "O presidente sempre quer dar menos do que peço."
O senador não quis falar em nomes. Líderes pefelistas, porém, admitem que FHC gostaria de contar com os deputados Reinhold Stephanes (PR), na Previdência, e Gustavo Krause (PE), em uma secretaria de assuntos regionais.
Nos últimos dias, passou a ser cotado para a pasta dos Transportes o pefelista Raimundo Britto, que foi secretário durante a gestão de ACM no governo da Bahia.
"Não sei, pode até ser", disse o senador eleito, ao comentar a possível indicação. Anteriormente, ele havia dito que a Bahia "merece um ministério".
Também foi vago ao falar sobre a provável nomeação do secretário-geral do PSDB, Sérgio Motta, para o Ministério das Comunicações. "É, pode ser", afirmou.
Além de FHC, Motta foi o único tucano a participar do almoço que reuniu o presidente eleito e os parlamentares do PFL, ontem, na residência oficial do presidente da Câmara, Inocêncio Oliveira (PE).
O secretário-geral do PSDB sentou-se à mesa principal, juntamente com o FHC, ACM, Inocêncio, o deputado Luís Eduardo Magalhães (BA) e o presidente do PFL, Jorge Bornhausen.
Estavam presentes cerca de 130 parlamentares, somando os congressistas atuais e os que foram eleitos em 3 de outubro. O almoço foi uma reivindicação dos parlamentares, que reclamavam da falta de contato com o presidente eleito.
Inocêncio afirmou que FHC vai iniciar os convites para seu ministério na próxima semana, assim que voltar dos EUA.
ACM defendeu a reestruturação da Sudene e do Banco do Nordeste. "Eles estão esclerosados", disse. "Com essa estrutura, eles podem estar servindo a alguns nordestinos, mas não ao Nordeste."
O PFL é o responsável pela indicação da maior parte do membros destes dois órgãos governamentais. ACM afirmou também que é favorável à extinção dos ministérios do Bem Estar Social e da Integração Regional.

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