São Paulo, quinta-feira, 8 de dezembro de 1994
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Craxi reage a condenação

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O ex-primeiro-ministro socialista da Itália, Bettino Craxi, acusou os juízes milaneses de serem "um pelotão de fuzilamento". Craxi foi condenado anteontem a cinco anos e seis meses de prisão por receber propinas na criação de um serviço de seguros para os funcionários da ENI, estatal italiana de energia.
Craxi já havia sido condenado em outro caso a oito anos e meio de prisão. Anteontem, o juiz Antonio di Pietro pediu sua condenação a três anos e quatro meses por subornos recebidos em outro caso.
Craxi é o mais alto político italiano atingido pela Operação Mãos Limpas. Ele está há mais de um ano em sua casa de praia na Tunísia, alegando problemas de saúde para não voltar à Itália.
"Não é uma corte mas um grupo armado de tendências políticas e rancor que está fazendo o que foi decidido desde o início", disse Craxi em fax enviado da Tunísia sobre o tribunal que o condenou.
Ele diz que vai apelar "segundo a lei italiana e a Convenção Européia de Direitos Humanos, ambas as quais foram violadas".
Um comitê do Senado italiano recomendou que o Senado não autorize investigação sobre o ex-premiê democrata-cristão Ciriaco de Mita. Magistrados de Nápoles querem investigá-lo por suspeita de desvio de verbas destinadas a vítimas de um terremoto em 1980.

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