São Paulo, sexta-feira, 16 de dezembro de 1994
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SP e Rio continuam parados

DA REPORTAGEM LOCAL

A greve dos funcionários dos Correios continua hoje em pelo menos dois dos oito Estados parados desde quarta-feira. Em assembléias na tarde de ontem, os trabalhadores de São Paulo e Rio de Janeiro votaram pela continuidade do movimento.
Nos demais Estados (Pará, Amazônia, Paraíba, Minas Gerais, Ceará e Goiás), as assembléias não haviam terminado até as 19h. Os trabalhadores pedem 168% de reajuste.
Hoje, o TST (Tribunal Superior do Trabalho) vai julgar, em Brasília, a legalidade da greve.
Ontem, os trabalhadores de São Paulo e Rio não aceitaram a proposta do TST (Tribunal Superior do Trabalho) de voltar ao trabalho imediatamente. Em troca, a empresa não descontaria o dia parado. A proposta foi feita durante audiência de conciliação no TST.
Após a audiência, a diretoria dos Correios fez uma contraproposta: pagar 22% (relativo ao IPC-r) mais 7% (alinhamento de cargos e salários) em janeiro. Os funcionários da área operacional, que trabalham aos sábados, teriam mais 15% de gratificação. A empresa daria ainda um talão de vale-refeição a mais no valor de R$ 142,50.
"Não aceitamos a proposta e não confiamos no seu cumprimento porque foi feita verbalmente", afirmou Washington Gomes da Silva, presidente do Sindicato dos Empregados dos Correios de São Paulo.
Edson Comin, diretor dos Correios em São Paulo, disse ontem que já contratou 350 pessoas para os Correios. Ele estima entre 7,5 milhões e 8 milhões o número de cartas que deixaram de ser entregues em São Paulo nos dois dias de greve. Deste total, 14 mil são de encomendas importadas por pessoas físicas.
Segundo os Correios, 95% das agências em São Paulo estão funcionando. Estão parados 70% dos carteiros e 30% dos funcionários de triagem.
Para os sindicatos, a paralisação atinge 90% das agências e quase 100% dos carteiros.

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