São Paulo, sexta-feira, 16 de dezembro de 1994 |
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Para Petrobrás, mistura de 22% de álcool à gasolina dá prejuízo
DA SUCURSAL DO RIO A Petrobrás quer que o governo proponha ao Congresso Nacional a revisão da lei que obriga a adição de 22% de álcool à gasolina vendida no mercado brasileiro.Para o diretor financeiro da empresa, Orlando Galvão, o país está perdendo dinheiro com a norma. Segundo ele, a Petrobrás está exportando seu excesso de gasolina –gerado, em parte, pela mistura a US$ 20 por barril–, enquanto o álcool importado, que alimenta parcialmente a mistura, chega ao país a US$ 50 por barril. Galvão disse que a Petrobrás não está pressionando o governo, apenas "apontando o problema". A mistura de 22% de álcool à gasolina virou lei a partir de um projeto do deputado Fábio Feldmann (PSDB-SP). A adição de álcool torna a gasolina mais "limpa" em termos ambientais (emissão de poluentes pelos carros). O argumento de Galvão é que com apenas 10% de álcool a gasolina atinge o nível de "limpeza" suficiente para atender as exigências ambientais. No final da década de 80, quando a mistura foi reduzida por causa de uma crise no abastecimento de álcool, a indústria automobilística reclamou que a medida era prejudicial aos motores dos veículos, regulados para receber uma gasolina com 22% de álcool. Orlando Galvão disse também que os produtores de álcool sairiam ganhando também com a redução da mistura, pelo menos enquanto o preço do açúcar estiver com cotação elevada no mercado internacional. Eles aumentariam a produção de açúcar com a redução das suas quotas de álcool anidro, usado na mistura. Texto Anterior: SP e Rio continuam parados Próximo Texto: Bolsa de Valores brasileiras são as mais lucrativas do mundo este ano Índice |
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