São Paulo, domingo, 18 de dezembro de 1994
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Solução é boa, diz brasileiro

MAURICIO STYCER
DA REPORTAGEM LOCAL

Advogados de grupos de apoio a aidéticos e especialistas da área consultados pela Folha se mostraram favoráveis, em princípio, ao comércio de seguro de vida.
"A venda do seguro em vida é uma coisa que vai acabar acontecendo no Brasil porque é uma solução muito inteligente", diz o consultor de seguros Antônio Penteado Mendonça.
"Não condenaria quem faz isso. Ele está precisando mais do dinheiro do que qualquer outra pessoa", diz Esdras Alves Passos, advogado do Grupo Pela Vidda.
O assunto também interessa o advogado Marcelo Turra, professor da Faculdade Cândido Mendes, no Rio, onde ensina Aids e Direito, única disciplina do gênero no Brasil.
"Isso abre inúmeras possibilidades. Mas é preciso haver uma legislação muito séria e competente para o assunto, senão o Judiciário ficará sobrecarregado", diz.
Como Turra, Décio da Fonseca, advogado do Gapa (Grupo de Apoio e Prevenção à Aids), também teme a ocorrência de fraudes.
"O sujeito vai tentar fazer o seguro de vida quando já souber que tem o vírus."
Hoje, o advogado do Gapa enfrenta problema inverso: as seguradoras que entram na Justiça para não pagar a indenização ao beneficiário de vítimas de Aids.
As empresas alegam que o seguro foi feito quando o paciente já sabia ser portador do vírus HIV.(MSy)

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