São Paulo, domingo, 18 de dezembro de 1994 |
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'Dei um Fusca para minha mãe'
SÔNIA MOSSRI
Há um ano, resolveu trocar o curso de biologia na Universidade Gama Filho por uma "tentadora proposta" de prostituição em Buenos Aires feita por um argentino, nas areias de Copacabana. "Nunca me prostituí no Brasil. A competição seria demasiado grande. Metade da população é negra. Aqui, faço sucesso", diz Caíque, do alto do seu 1,92 m. Segundo ele, seu agenciador –cujo nome mantém em sigilo– tem cerca de 20 apartamentos em Buenos Aires destinados à prostituição de brasileiros. Esse argentino conseguiu um visto provisório para Caíque (nome fictício) e "um belo apartamento em Palermo", bairro nobre de Buenos Aires. Ele divide o apartamento com outro brasileiro. Ambos não pagam aluguel. "Faturo US$ 2.000 por mês". Na realidade, ele ganha cerca de US$ 4.000 –50% são do agenciador. "Pago o aluguel de minha mãe num apartamento de quarto e sala em Copacabana. Ela não sabe o que eu faço, mas com a minha grana já consegui dar um fusquinha para ela." Caíque tem clientes homens e mulheres. Faz questão de dizer que não é homossexual. "Sou ativo. Só transo com camisinha." (SM) Texto Anterior: Prostituta é acusada de transmitir Aids Próximo Texto: Revista policial sem forte indício ou suspeita é ilegal Índice |
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