São Paulo, quarta-feira, 21 de dezembro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Inflação em São Paulo já está em 2%, afirma Fipe

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

A taxa de inflação continua caindo rapidamente em São Paulo. Está em 2,04%, conforme dados referentes à segunda quadrissemana de dezembro divulgada ontem pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Há um mês a taxa era de 3,45%.
Só nas últimas duas quadrissemanas a redução da taxa foi de um ponto percentual. Até o final de novembro, a queda ocorria devido à pressão menor dos alimentos. Em dezembro, o setor de vestuário se associou aos alimentos, derrubando ainda mais a taxa.
A previsão da inflação para dezembro agora é de uma taxa entre 1,5% e 1,7%, segundo Juarez Rizzieri, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe. A previsão anterior era de taxa próxima a 2%.
A queda entre os alimentos foi generalizada, inclusive entre os industrializados que, até o final de novembro, estavam em alta. A alimentação fora do domicílio também começa a ceder. Na segunda quadrissemana deste mês –últimos 30 dias terminados em 15 de dezembro em relação aos 30 imediatamente anteriores–, os paulistanos pagaram 5,09% a mais pela alimentação fora de casa. Em novembro, os preços tinham subido 8,8%.
Os alimentos que estão derrubando mais a taxa de inflação são carne bovina e feijão, dois dos itens que mais pressionaram nos meses de outubro e novembro. A Fipe constatou queda de 10,64% nos preços do feijão nos últimos 30 dias, enquanto a carne bovina subiu apenas 1,72%. Há um mês a carne bovina estava com alta acumulada de 18% em 30 dias.
O setor de vestuário acumulou alta de 0,93% na segunda quadrissemana, contra 2,98% na primeira. Esta desaceleração não era esperada, diz Rizzieri.
O economista da Fipe diz que os demais grupos (habitação, transportes, despesas pessoais etc.) tiveram pouca alteração. Os únicos itens que ainda continuam com pressão são os serviços pessoais (mais 5,68%) e serviços médicos (2,81%).
Para janeiro, Rizzieri espera um pequeno repique da taxa inflacionária. As pressões podem vir de produtos industrializados e de alimentos. A taxa não será muito diferente da de dezembro, afirmou.

Texto Anterior: Um ministério de primeira
Próximo Texto: Ufir trimestral tenta evitar maior perda para salário que recebe IPC-r
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.