São Paulo, quarta-feira, 21 de dezembro de 1994
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México amplia desvalorização de sua moeda

DA REDAÇÃO

O governo mexicano anunciou ontem uma ampliação do teto de desvalorização do peso, a moeda local, frente ao dólar.
O objetivo é controlar a turbulência no mercado financeiro registrada após a nova revolta de camponeses na região de Chiapas. Houve uma corrida para compra de dólares, a Bolsa de Valores caiu e aumentaram as taxas de juros.
O Banco do México, que tem funções de banco central, foi obrigado a usar suas reservas internacionais de US$ 17 bilhões (posição de outubro) para controlar as cotações do peso.
O ministro da Fazenda, Jaime Serra Puche, disse que a "banda" de flutuação do câmbio foi ampliada em 53 centavos, de 3,4712 para 4,0016 pesos novos por dólar, o que corresponde a 15,28%.
Na segunda-feira, o dólar fechou cotado a 3,4647 pesos novos e ontem, ao meio dia, já estava em 3,920 para compra e 3,950 para venda, coincidindo com a nova ofensiva militar do Exército Zapatista de Libertação Nacional.
Serra explicou na televisão que a desvalorização diária do teto da "banda" continuará sendo de 0,0004 pesos novos. Nos próximos meses o teto poderá chegar a 4,43 pesos por dólar.
Comunicado oficial informou que as medidas foram tomadas após acordo, na madrugada de ontem, entre o governo e lideranças empresariais, sindicais e de camponeses que integram o Pacto para a Estabilidade, o Crescimento e o Emprego, vigente desde 1988 como instrumento para conter a inflação.
Segundo analistas, a maior desvalorização da moeda, decidida a 20 dias da posse do novo presidente, Ernesto Zedillo, terá impacto negativo imediato sobre os preços.

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