São Paulo, domingo, 25 de dezembro de 1994
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Multimídia traz diversão ao treinamento

DENISE CHRISPIM MARIN
DA REPORTAGEM LOCAL

Os computadores estão tomando o lugar de palestrantes e retroprojetores nas salas de treinamento de empresas. E, em vez de causar pânico, estão cativando seus usuários.
O responsável por essa conquista de espaço e de preferência foi o desenvolvimento da multimídia, que nos últimos anos tem mostrado eficácia especial nas áreas de educação e treinamento.
A multimídia permite que, a partir do computador, uma pessoa possa utilizar programas de aprendizado que reúnam, ao mesmo tempo, imagens paradas ou em movimento, sons e textos.
Também tem a vantagem de possibilitar a interação de quem está aprendendo com a máquina. O curso, então, prossegue conforme a velocidade de aprendizado da pessoa, suas dúvidas e interesse.
"As pessoas só aprendem quando fazem e erram", afirma Roger Schank, 47, diretor-presidente do ILS (Institute for the Learning Sciences), da Northwestern University, de Illinois (EUA).
Professor de ciência da computação e psicologia, Schank criou a entidade em 1989 e a orientou para a pesquisa sobre o uso de novas tecnologias na educação e treinamento e para a criação de cursos.
O ILS é patrocinado por empresas, para quem desenvolveu cursos que se valem da multimídia. Entre elas estão Andersen Consulting e North West Water, empresa privada de fornecimento de água na Inglaterra.
Em geral, os cursos apresentam ao aprendiz simulações de infinitas situações. Como em um jogo, ele tem sempre uma meta a cumprir.
Para tomar as decisões necessárias ao prosseguimento do curso, o aprendiz pode recorrer a especialistas, cujas imagens aparecem na tela, e ao banco de dados.
Se errar em sua decisão, recomeça a lição. Vantagem: o principiante sabe qual foi a falha e pode repensar suas próximas atitudes.
O treinamento elaborado para a North West Water era destinado a profissionais da área de atendimento ao cliente.
Custou US$ 500 mil e demorou um ano e meio para ser concluído. Apresentava, por exemplo, a simulação de dúvidas de um consumidor sobre a coloração da água.
As possibilidades vinham a seguir. Entre elas, dizer que a água estava contaminada –o que poderia gerar pânico– ou consultar especialistas –opção mais sensata.

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