São Paulo, quarta-feira, 28 de dezembro de 1994
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Itamar discute forma de reajustar mínimo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Itamar Franco estava reunido com sindicalistas e ministros, até as 19h00 de ontem, para decidir se o salário mínimo será reajustado para até R$ 100 e se isso será feito através de aumento ou de abono.
Os três ministros que participavam da reunião são contrários a qualquer forma de reajuste do salário mínimo, por achar que causaria um aumento excessivo de gastos públicos –Ciro Gomes (Fazenda), Marcelo Pimentel (Trabalho) e Sérgio Cutolo (Previdência).
Também estavam presentes Vicente Paulo da Silva o Vicentinho, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Canindé Pegado, presidente da CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores) e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
Apesar da oposição dos ministros, o aumento do salário mínimo tinha chances de ser concedido, por ser um desejo pessoal do presidente Itamar Franco.
Como forma de conciliar o desejo do presidente com as restrições feitas pelo ministros, uma das propostas mais prováveis, apresentada pelo ministro Ciro Gomes, é um aumento de 22% como antecipação do IPC-r.
A idéia é conceder o aumento agora mas descontá-lo em maio, quando o IPC-r será incorporado ao salário mínimo. A equipe econômica considera que essa alternativa seria a de menor impacto nos gastos públicos.
Uma alternativa levantada pelo próprio presidente para aumentar o salário mínimo sem afetar as contas da Previdência seria conceder um abono de R$ 15 ou R$ 30 apenas para os trabalhadores da ativa.
O ministro da previdência, Sérgio Cutolo, no entanto, teme que esse abono acabe sendo incorporado pelos aposentados.

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