São Paulo, quinta-feira, 29 de dezembro de 1994
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Soldado da PM se mata dentro do batalhão

ANDRÉ LOZANO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

O soldado da Polícia Militar Daniel Barros Magalhães, 22, se suicidou anteontem dentro do batalhão onde trabalhava, na zona leste de Manaus (AM), após ter sido interrogado pelo comandante.
Segundo o chefe da assessoria de imprensa do Polícia Militar do Amazonas, coronel Joaquim de Matos Filho, Magalhães se matou no banheiro do 6º BPM (Batalhão da Polícia Militar) com um tiro na boca. O soldado teria usado a arma emprestada de um cabo.
Policiais do 6º BPM –que não quiseram se identificar, com medo de represálias– afirmaram que Magalhães estava sofrendo pressões do comando.
Ele teria sido ameaçado de prisão pelo comandante do batalhão, major Braga Neto, por causa do desaparecimento de sua arma.
O coronel Matos Filho disse que Magalhães respondia a inquérito policial-militar por causa do desaparecimento de seu revólver.
Ele negou que o comandante do batalhão tenha feito qualquer tipo de ameaça ao soldado.
Segundo o coronel, não houve nem interrogatório. Ele disse que Magalhães se matou após ter apenas "uma conversa" com o major. Braga Neto não foi localizado ontem pela Agência Folha.
O soldado Magalhães havia informado que sua arma sumiu quando ele dormiu na guarita onde estava de plantão no último fim-de-semana.
O comando da Polícia Militar instaurou novo inquérito policial-militar para apurar a morte do soldado Daniel Barros Magalhães.

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