São Paulo, quinta-feira, 29 de dezembro de 1994
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IPC-r é de 2,19% e salário sobe 22,07%

DA SUCURSAL DO RIO

O IPC-r (Índice de Preços ao Consumidor do Real) de dezembro ficou em 2,19%. Com isso, o acumulado de julho (início do real) até dezembro ficou em 22,07%, índice que corrige os salários com data-base em janeiro.
O índice de dezembro do IPC-r (que mede inflação em famílias que ganham até oito salários mínimos) significou uma queda de 1,08 ponto percentual em relação a novembro.
A principal causa foi a redução de 3,15 pontos percentuais (2,16% em dezembro ante 5,31% em novembro) no item alimentação e bebidas.
O preço da carne –um dos vilões do início do Plano Real– dá sinais de normalização, com a chegada da safra. Depois de ter tido um aumento de 17,33% em novembro, fechou a coleta de dezembro (feita entre 15 de novembro e 14 de dezembro) com aumento de 1,91%, abaixo, portanto, do índice total.
Mesmo a habitação, o grupo pesquisado que teve maior aumento de preços (3,21%), também influenciou na redução do índice de inflação (em novembro havia sido 4,49%).
A principal razão desta redução do aumento foi o preço dos aluguéis residenciais, que subiram 5,32% ante 8,42% em novembro.
A maior queda de preços foi em tubérculos, raízes e legumes, com 6,41%, e a maior alta de preços foi de hortaliças e verduras, com 15,44%.
Os aluguéis residenciais tiveram uma alta de 76,67% desde o início do Plano Real, segundo o IPC-r.
O índice dos aluguéis ajudou a tornar a habitação o segmento que mais aumentou de preço entre julho e dezembro, ficando em 32,31%. A alta acumulada do IPC-r no período foi de 22,07%.
No segmento de habitação, apenas os preços controlados pelo governo tiveram deflação entre julho e dezembro. O combustível de uso doméstico caiu 2,73% e a energia elétrica caiu 5,12%.
O item alimentação e bebidas também ficou acima do índice acumulado de inflação no período, com 25,12%. As hortaliças e verduras tiveram a maior variação de preço, com 88,13%, seguidas de frutas, com 80,33%.
IPCA
O IBGE divulgou também o IPCA (para famílias que ganham de 1 a 40 salários mínimos). O índice ficou em 2,25%. Os maiores índices foram em habitação (3,11%) e artigos de residência (3,10%).

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