São Paulo, quinta-feira, 29 de dezembro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Alviverde só deve pensar no champanhe

MATINAS SUZUKI JR.
EDITOR-EXECUTIVO

Meus amigos, meus inimigos, o ano vai passar batido nos esportes. Novidades aos rojões do reveillon. Vamos lá.

Os palmeirenses trocaram o riso de satisfação de dois bis pelo semblante preocupado da dúvida. O que ocorrerá com o time que conseguiu os melhores resultados nos últimos anos?

Por enquanto, nada. O melhor conselho aos palmeirenses: passe o fim-de-ano em clima de campeão, gozando seus amigos torcedores dos outros times. Você merece. Afinal, torce para o melhor time.

O futuro à Parmalat pertence. Dependerá da reposição das peças. Mas não parece lógico, em termos de estratégia de marketing, que a Parmalat abandone, sem mais, uma fórmula vitoriosa.
A expectativa é que venham por aí reforços valiosos para a novamente academia (de artes marciais) alviverde.

Era melhor ter continuado com o Wanderley Luxemburgo? Era. Mas não adianta chorar o Parmalat derramado. Não há motivos para, de antemão, condenar o novo técnico Valdir Espinosa.
É uma pessoa experimentada, que conhece o futebol. Com um bom time na mão, o Palmeiras estará armado de novo para enfrentar os leões de 1995.

Mário Sérgio tem um novo desafio pela frente. No papel, recebe um time do Corinthians melhor do que aquele que tinha na sua passagem anterior.
MS gosta de um time pegador, aguerrido, voluntarioso. Este espírito fará bem aos novos garotos do Parque. Mas ele não tem laterais e pairam dúvidas quanto aos zagueiros da zona central.

Se fosse pedido o meu mero palpite (que, evidentemente, ele não precisa, conhecedor e observador do futebol que é), eu diria ao corajoso Mário Sérgio:
a) Tente fixar a dupla Marcelinho Souza, pela direita, e Zé Elias, a sua revelação de ouro, pela esquerda. Eu sei que você prefere um marcador mais aplicado como o Ezequiel, por exemplo.
Mas o Marcelinho Souza, se exigido, dará conta do recado, além de ser mais habilidoso lá na frente. b) Já o outro Souza, sendo a sua opção de meio-de-campo, precisará de orientação para tocar a bola um pouco mais rapidamente. É um cracão, de encher os olhos de poesia e de beleza. Mas em toda vez que dá aquele primeiro drible curto, ele acerta os ponteiros do relógio da marcação adversária.
c) O Viola, se se optar por três atacantes, deve ficar um pouco mais à frente. Seu forte é arrancar com a bola dominada. Portanto, quanto menos adversários estiverem entre ele e o gol, melhor.
Ele também precisa aprimorar a perna direita. Ainda perde momentos preciosos de decidir ao tentar virar o corpo para a esquerda –fornecendo o tempo suficiente para a chegada do beque ou do goleiro.
São meros palpites, seu Mário.

Texto Anterior: Barrios corre pela terceira vitória, mas agora pelos EUA
Próximo Texto: Gringos são os brasileiros
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.