São Paulo, quarta-feira, 2 de fevereiro de 1994
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Para Brizola, Lula é menor que um anão

CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O governador do Rio, Leonel Brizola (PDT), disse ontem que o virtual candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, "fica menor que um anão desses aí" diante das idéias que começam a ser discutidas pelos líderes que desejam uma coligação dos partidos de "centro-esquerda". Ele admite que será "difícil" obter a aliança da "centro-esquerda" mas, frente às idéias que a coligação representaria, Lula "não é nada, até desaparece".
"Seria uma falta de grandeza de nossa parte estar querendo nos medir com o Lula", disse Brizola, para quem o entendimento entre PDT, PMDB e PSDB é muito mais do que uma frente anti-PT. O acordo "visa solucionar os problemas do país".
Partidos
O governador do Rio disse que os partidos "vão pesar pouco" na eleição presidencial. "Vai haver uma fixação do povo no candidato e no seu programa." Ele afirmou que sua prioridade é a colocação de todas as crianças em escolas.
Brizola, em entrevista pelo telefone à rádio Gaúcha, disse que a aliança do PDT com setores do PMDB, PSDB e com "personalidades" como o senador Marco Maciel (PFL-PE), por exemplo, deveria ocorrer já no primeiro turno. "Tudo deve ser feito em torno de um programa, não de pessoas."
Esperança
O senador Pedro Simon (PMDB-RS), um dos articuladores da aliança, tem dito que o deputado Antônio Britto (PMDB-RS) é o nome ideal para concorrer à Presidência. Brizola declarou que o ex-ministro da Previdência "é uma esperança da vida pública brasileira" e que o apoio do PDT à sua candidatura ao governo gaúcho "é uma hipótese plausível, realista".

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