São Paulo, quarta-feira, 2 de fevereiro de 1994
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Italiano é contrário a doações

CYNARA MENEZES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Angelo Airoldi, 51, é o presidente da maior central italiana, a CGIL (Confederação Geral Italiana do Trabalho), com mais de 5 milhões de filiados. Metalúrgico, 27 anos de sindicalismo, ele acha que os sindicatos não devem se ligar a partidos e proíbe o retorno à entidade de dirigentes que se candidatem a eleições.
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Folha - O senhor é favorável à ligação de centrais sindicais com partidos políticos?
Angelo Airoldi - Na Itália foi difícil, mas nós conseguimos uma forte autonomia entre os sindicatos e os partidos políticos. Uma coisa que não pode acontecer, e que não permitimos, é que um dirigente sindical seja candidato numa eleição, perca e depois volte a ser dirigente sindical.
Folha - Então o senhor é totalmente contrário à doação de dinheiro entre uma central e um partido?
Angelo Airoldi - Nós não o fazemos, até porque é um modo de permanecermos autônomos.
Folha - O senhor acredita na CUT quando ela diz que não doou ao PT parte do dinheiro que vocês enviaram?
Angelo Airoldi - Nós consideramos uma ofensa também a nós essa campanha de difamação.

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