São Paulo, quarta-feira, 2 de fevereiro de 1994
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Militantes da CUT tentam barrar Medeiros

DENISE MADUEÑO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Militantes e dirigentes da Força Sindical e da CUT (Central Única dos Trabalhadores) se confrontaram ontem no Salão Verde da Câmara. Gritando frases contra o presidente da Força Sindical, Luiz Antônio de Medeiros, um grupo de 30 pessoas contrário à revisão constitucional e ligado à CUT acabou barrando a caravana do sindicalista. Medeiros foi ao Congresso acompanhado de cerca de 150 militantes da central pedir rapidez do Congresso revisor.Com a interferência da segurança do Congresso, a briga ficou só no grito. As centrais se encontraram quando Medeiros e sua turma passaram pelo Salão Verde, que separa os gabinetes dos presidentes do Senado e da Câmara.O sindicalista foi surpreendido com os gritos de "Medeiros pelegão, não à revisão" vindo do grupo da CUT que já estava no salão. Em resposta, o grupo de Medeiros gritava "revisão é melhor para a nação". Com o passar do tempo, baixou o nível: Medeiros foi chamado de "ladrão" e a turma da CUT de "assassina" pelos rivais.
"Vai haver briga já", afirmou o chefe do cerimonial do Senado, Márcio Parente. Ele tentava convencer Medeiros a recuar e não atravessar o Salão Verde. Com a ajuda do deputado Robson Tuma, Medeiros e seus aliados foram conduzidos por um corredor secundário da Câmara."Nós viemos cobrar o início da revisão. O deputado tem que votar, a favor ou contra, mas se ausentar é covardia", afirmou Medeiros depois do encontro com o presidente da Câmara, Inocêncio de Oliveira (PFL-PE). Inocêncio recebeu os representantes da Força Sindical em um auditório.O encontro de Medeiros com o presidente do Senado, Humberto Lucena (PMDB-PB), foi no próprio gabinete da presidência. Medeiros repetiu o pedido de revisão-já ao relator do Congresso Revisor, Nelson Jobim (PMDB-RS).

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