São Paulo, quarta-feira, 2 de fevereiro de 1994
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Bancos não vão protestar contra alta de alíquota do PIS

DA REPORTAGEM LOCAL

Bancos não vão protestar contra alta de alíquota do PIS
O sistema bancário não acredita que o aumento da alíquota do PIS que incide sobre o setor, que passaria de 0,65% para 0,75% do faturamento, represente uma arrecadação adicional de US$ 100 milhões por mês. Por isso, evitam protestar contra a medida, que serve para compensar a perda de receita do governo com o veto ao aumento de imposto da pessoa jurídica.
"Acho que extrapolaram as projeções e confundiram seu efeito", disse Carlos da Câmara Pestana, presidente do Banco Itaú. "Mas não há o que fazer. Manda quem pode." Segundo Pestana, o sistema não está entendendo bem os objetivos do governo.
"Nós, do Itaú, pagamos o PIS normalmente", afirma. "Há um grupo de bancos que está protestando na Justiça, mas representa apenas parte do setor e os cálculos do governo estão baseados nisso. Por isso acho exagerado."
Para José Roberto Azevedo, novo vice-presidente financeiro do Banco Econômico, há uma tradição brasileira de aumentar os impostos sobre os setores mais lucrativos e que desta vez não será diferente. "Imposto é criado para ser pago e o fazemos até com disposição", disse. "Mas alguém sempre acaba pagando a conta e isso será feito pelo cliente que tomar empréstimos".

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