São Paulo, quarta-feira, 2 de fevereiro de 1994
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Artista foi tema de livro

PLÍNIO FRAGA
DA SUCURSAL DO RIO

O professor da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e pesquisador da arte popular Paulo Pardal define a obra de Chico Tabibuia como única na "profundidade, religiosidade e monumentabilidade" das peças. Autor do livro "A Escultura Mágico-Erótica de Chico Tabibuia" (publicado pela Uerj-Erca, em 89), Pardal diferencia as peças de Tabibuia de outros artistas contemporâneos que lidam com o erótico.
"Os artistas eruditos normalmente não têm a religiosidade e o respeito profundo que Chico dá às suas peças", declara. "Ele trabalha com os arquétipos, o inconsciente coletivo, as imagens básicas."
Pardal afirma que os exus são os patronos do erotismo africano e o falo é utilizado como símbolo de proteção nas casas. "Tabibuia não é profano. Tem uma dignidade divina. A escultura para ele é uma catarse."
Para Nise da Silveira, do Museu do Inconsciente, "as esculturas em madeira de Tabibuia constituem um documentário impressionante da configuração de imagens arquetípicas, no caso, bonecos dotados de falos de proporções exageradas."--(PF)

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