São Paulo, quinta-feira, 3 de fevereiro de 1994
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Milionários devem pagar mais, diz projeto

JOSIAS DE SOUZA; GILBERTO DIMENSTEIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Na busca de mais recursos contra a pobreza, é defendida a criação de um "Fundo Nacional de Solidariedade". Esse fundo viria da "tributação emergencial" em cima do patrimônio das grandes empresas e das "pessoas físicas de alto nível de riqueza". O texto afirma que esse mesmo tipo de imposto foi cobrado na Europa pós-guerra.
Seria uma cota única e atingiria, segundo os cálculos do documento, 150 mil famílias , "menos do que 1% da população economicamente ativa, que teriam um patrimônio acima de US$ 1 milhão.
Diz o texto: "Com efeito, o patrimônio é, entre nós, ainda mais concentrado do que a renda, estando 53% da riqueza do Brasil (terras, imóveis rurais e urbanos, ativos financeiros, etc) em mãos de apenas 1% da população".
O programa defende a aplicação de uma política de renda mínima associada à educação. Cada família que tiver seus filhos de sete a quinze anos matriculados e com frequência regular em escolas públicas ganhará uma ajuda em dinheiro.
Menos imposto
É proposto redução do número de impostos e torná-los mais progressivos – ou seja, quem ganha mais pagaria mais. Isso implicaria reduzir os impostos indiretos, embutidos nos preços dos produtos. (Josias de Souza e Gilberto Dimenstein)

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