São Paulo, quinta-feira, 3 de fevereiro de 1994
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Refugiados angolanos protestam no Rio

Eles querem mais ajuda de custo

DA SUCURSAL DO RIO

Cerca de 200 refugiados, a maioria angolanos, se concentraram ontem à tarde em frente ao Palácio São Joaquim, sede da Arquidiocese do Rio de Janeiro, na Glória (zona sul), para exigir uma antecipação de três meses na ajuda de custos que recebem do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados).
Os refugiados, que chegam a 1.300 somente no Rio, queixam-se de que a ajuda (CR$ 42.829,00) não dá para arcar com os custos de moradia e alimentação para uma pessoa.
O Alto Comissariado das Nações Unidas explicou, em nota oficial, que o auxílio adicional contraria os critérios de assistência estabelecidos pela comunidade internacional. A nota adverte que "o comportamento inadequado dos refugiados pode provocar uma mudança na política brasileira de acolhimento de refugiados".
Na segunda-feira à noite, um grupo de 120 angolanos invadiu os jardins do Palácio São Joaquim e, segundo o diretor da Caritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro, Cândido Neto, ameaçou tomar como refém a ele e ao enviado da ACNUR ao Brasil, o canadense James Latimer. Os dois tiveram que se trancar na sede da Caritas, à espera da chegada da polícia.
Ontem, uma comissão de nove refugiados participou de uma reunião com representantes dos governos federal e estadual, da Arquidiocese da ACNUR para discutir o assunto.

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