São Paulo, quinta-feira, 3 de fevereiro de 1994
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Investidores realizam lucros nas Bolsas

DA REDAÇÃO

Os investidores realizaram lucros através de venda de ações ontem na Bolsa, após a alta de 11,6% no índice Bovespa no dia anterior. A Bolsa paulista registrou ontem baixa de 0,4%.
O volume de negócios na Bolsa paulista atingiu US$ 326,7 milhões, contra US$ 420 milhões no dia anterior, quando foi batido recorde histórico em dias sem vencimento de opções e operações de box com ações.
Um operador definiu ontem o comportamento do mercado como o de uma "balançada na árvore para derrubar os frutos podres". Os investidores aproveitaram para vender papéis com preço próximo ao do valor patrimonial.
As ações da Telebrás efetivaram ontem ganhos reais superiores ao valor patrimonial. As ações ordinárias oscilaram um dólar acima do valor patrimonial do período e as preferenciais em até US$ 3,49.
Outros papéis foram vendidos, pois haviam subido muito na véspera. É o caso, por exemplo, das ações Telesp PN que lideraram as altas no dia anterior com valorização de 34,2% e ontem estavam entre as de maior queda de preços (-13,7%).
O BNDES realizou ontem na Bolsa do Rio a venda em leilão de 624,21 milhões de opções cambiais sobre ações preferenciais nominativas da Petrobrás. O BNDES esperava arrecadar CR$ 5,83 bilhões com base no preço mínimo e apurou CR$ 14,04 bilhões (US$ 29,5 milhões), o que significou um ágio médio de 140,82%. A data-limite de exercício de opções será em 20 de fevereiro de 1995, o que configura uma operação de longo prazo.
O Banco Central realizou ontem quatro leilões (dois de compra e dois de venda) de dólar comercial. As cotações começaram a subir por pressão de compra e o BC teve que atuar para balizar o mercado. Segundo operadores, alguns investidores que venderam ações nos últimos dias fizeram remessas para o exterior. (Rodney Vergili)

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 1,696% no dia 31, projetando um rendimento para o mês de 39,61%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou em 60,23% ao mês, com rendimento diário de 2,01%, projetando juros de 43,02% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros oscilaram entre 60,19% e 60,28% ao mês por um dia.
CDB e caderneta
As cadernetas que vencem hoje rendem 47,9259%. CDBs prefixados negociados ontem: de 8.970% a 9.090% ao ano para 30 dias. CDBs pós-fixados de 90 dias: 20,0% a 22,0% ao ano mais a variação da TR.
Empréstimos
Empréstimos por um dia (""hot money") contratados ontem: de 60,2% a 60,49% ao mês. Para 30 dias (capital de giro): de 9.030% a 9.470% brutos ao ano.
No exterior
Prime rate: 6%. Libor: 3,4375%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: baixa de 0,4%, fechando com 82.305 pontos e volume financeiro de CR$ 155,63 bilhões, contra CR$ 196,39 bilhões do dia anterior. Rio: alta de 1,8% (I-Senn), fechando com 31.564 pontos e volume financeiro de CR$ 43,48 bilhões, contra CR$ 31 bilhões do dia anterior.
Bolsas no exterior
Em Nova York: queda de 9,85 pontos, fechando a 3.968,51 pontos. Londres: alta de 33,7 pontos, fechando a 2.710,1 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com queda de 166,31 pontos, fechando a 20.250,03 pontos.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 476,400 (compra) e CR$ 476,405 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 467,363 (compra) e CR$ 467,371 (venda). "Black": CR$ 453,00 (compra) e CR$ 460,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 460,00 (compra) e CR$ 463,00 (venda). Dólar-turismo: CR$ 439,00 (compra) e CR$ 451,00 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 2,46%, fechando a CR$ 5.835,00 o grama na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
No exterior
Segundo a ""UPI", em Londres a libra fechou cotada a US$ 1,4955, contra 1,5018 no dia anterior. Em Frankfurt o dólar foi cotado a 1,7343, contra 1,7273 no dia anterior. Em Tóquio, o dólar fechou cotado a 108,43, contra 108,20 ienes no dia anterior. Em Nova York a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 384,70, contra US$ 384,10 no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para fevereiro fechou em 41,75% e para março em 42,82%. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para fevereiro ficou em 89.000 pontos, projetando uma lucratividade de 29,78% ao mês.
No mercado futuro de dólar, a expectativa de desvalorização cambial para fevereiro ficou em 38,88%, contra 38,83% no dia anterior.

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