São Paulo, quinta-feira, 3 de fevereiro de 1994 |
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DRT não consegue atender homologações
MARIA ALICE ROSA
Em protesto contra o enunciado 330 –que só permite ao trabalhador questionar judicialmente rescisões por ele assinadas na DRT– muitos sindicatos estão deixando de fazer o acerto de contas para o trabalhador. "Aumentamos de 8 para 12 o número de fiscais na capital, mas ainda assim não temos condições de atender a todos", afirma o delegado regional no Estado de São Paulo, Antonio Funari Filho. Ele acredita que em muitos casos vencerá o prazo de dez dias após a demissão para fazer o acerto, o que levará as empresas a depositarem em juízo as indenizações. "Quando o trabalhador for receber em juízo, poderá questionar o pagamento. Isto frustra o objetivo do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de evitar o acúmulo de processos na Justiça", afirma Funari. Na CUT (Central Única dos Trabalhadores), nenhum dos seus cerca de 220 sindicatos filiados no Estado de São Paulo está fazendo homologações. Já a CGT (Central Geral dos Trabalhadores), com mais de 800 sindicatos no Brasil, decidiu homologar apenas as rescisões "absolutamente corretas". A Força Sindical orientou seus mais de 900 associados em todo o país a fazer homologações com ressalvas. O deputado Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão do Trabalho da Câmara, vai tentar votar este mês um projeto de lei alterando o parágrafo segundo do artigo 477 da CLT. Com isso, disse ele, o enunciado 330 do TST perderá sua validade. Texto Anterior: Bancos temem choque entre URV e TR Próximo Texto: Lei que protege produto nacional está pronta Índice |
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