São Paulo, sexta-feira, 4 de fevereiro de 1994 |
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Luiz Henrique tenta resolver a crise entre Quércia e Fleury
EMANUEL NERI
A disputa entre o ex-governador paulista e seu sucessor pode se transformar em um novo foco de crise no PMDB. Quércia é candidato e quer que Fleury desista de sua candidatura para ser seu principal cabo eleitoral. O ex-governador quer que o próprio Fleury lance sua candidatura –acha que seria uma retribuição de seu esforço para elegê-lo governador. Na última terça-feira, Quércia se reuniu em São Paulo com os deputados Alberto Goldman e Marcelo Barbieri. No dia seguinte, durante reunião da bancada peemedebista, em Brasília, ambos defenderam a conveniência de Fleury abrir mão de sua candidatura. "Fleury tem que apoiar Quércia. Agora não é a vez dele", disse Barbieri. Deputados próximos a Fleury dizem que ele mantém seus planos. Fleury está empolgado com uma conversa que teve no último final de semana, em Paris, com o governador de Minas, Hélio Garcia. Tem tentado manter sigilo sobre a conversa, que terá desdobramentos no Brasil. Mas seu plano é fechar uma "dobradinha" com Garcia, que viabilize sua candidatura. O governador também tem esperança de contar com o apoio do presidente Itamar Franco. A candidatura de Fleury havia naufragado e voltou à tona com a opção de Itamar pelo deputado Luiz Carlos Santos (PMDB-SP) para a liderança do governo na Câmara. Inimigo de Quércia, Santos lançou o nome de Fleury. Foi o suficiente para aumentar a tensão entre o governador e seu antecessor. Quércia acha que a escolha de Santos é um desdobramento da troca de acusações entre ele e Itamar, no final do ano. Texto Anterior: Para Fleury, Ciro dá declarações coléricas Próximo Texto: Manual de defesa do eleitor jovem mostra sutilezas do jogo eleitoral Índice |
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