São Paulo, sexta-feira, 4 de fevereiro de 1994
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Investidor externo detém segunda maior fatia dos negócios na Bolsa

MARIO ROCHA
DA REPORTAGEM LOCAL

O desempenho altista das Bolsas de Valores em janeiro foi acompanhado pela maior participação de investidores estrangeiros e pessoas físicas no mercado de ações. Ao mesmo tempo, caiu a parcela de negócios efetuados por empresas e instituições financeiras.
A participação do capital externo no volume diário da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subiu para 18,9% em janeiro. Com este percentual, os investidores estrangeiros passaram a deter a segunda maior fatia do mercado de ações paulista. Em dezembro passado, o investidor estrangeiro abocanhava a terceira maior fatia desse bolo, com 16% do movimento financeiro diário.
A expectativa de estabilização da economia, o processo democrático pelo qual o país vem resolvendo suas questões políticas e as perspectivas de lucros com os preços das ações são os principais motivos que impulsionaram a entrada de recursos externos.
Apesar de ter diminuído o seu volume de negócios, os principais participantes da Bovespa continuam sendo as instituições financeiras (bancos, corretoras etc). Em janeiro, elas ficaram com 40,9% do movimento financeiro, contra 44,2% registrados em dezembro.
A terceira maior fatia ficou com os investidores institucionais (fundos de pensão, seguradoras e fundos mútuos de ações), com 17,3%. Em dezembro, estes investidores respondiam por 17,9%, o segundo maior pedaço.
Os investidores institucionais foram seguidos pelas pessoas físicas. A participação delas passou de 10,7% em dezembro para 13,7% em janeiro. As empresas ficaram com o quinto maior pedaço do bolo, com 9% do volume na Bovespa em janeiro. Em dezembro, elas participavam com 11,2%.
Na Bolsa de Valores do Rio, o salto dos investidores estrangeiros foi mais elástico e eles passaram a abocanhar a terceira maior fatia do bolo, com 14,8% do movimento financeiro do mês passado. Em dezembro, o capital externo respondia pela quarta fatia, com 2,7%.
Além dos estrangeiros, apenas as instituições financeiras aumentaram sua participação na Bolsa do Rio de Janeiro, passando de 49,7% em dezembro para 54,5% em janeiro. Os outros integrantes do mercado reduziram a sua fatia no mesmo período. Os investidores institucionais passaram de 22,8% para 10,3%, as pessoas físicas, de 18,8% para 17,9%, e as empresas, de 6,0% para 2,5%.
Em janeiro, o volume financeiro médio ao dia na Bolsa de Valores de São Paulo atingiu US$ 224 milhões. Na Bolsa do Rio, a média diária ficou em US$ 53,1 milhões.

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