São Paulo, sexta-feira, 4 de fevereiro de 1994
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Governo fecha acordo com indústria dos EUA

DA REPORTAGEM LOCAL

O assessor especial do Ministério da Fazenda, José Milton Dallari, o secretário de vigilância sanitária do Ministério da Saúde, Ronan Tanus, e Celsius Lodder, da Sunab, fecharam ontem um acordo com a indústria farmacêutica norte-americana (30% do mercado) que prevê uma trégua nos preços em fevereiro e março.
Juan Pedro Ziemke, presidente da Cifab (representa os laboratórios de origem norte-americana no Brasil), disse que nesses dois meses os preços dos medicamentos terão reajuste igual ou inferior à inflação. Segundo Dallari, a inflação será de até 38% em fevereiro.
Também foi discutida a criação, dentro de 180 dias, de uma cesta de cerca de 220 remédios com preços até 30% inferiores. "Essa redução pode vir de embalagens mais baratas, volume maiores de produção ou até isenção fiscal", disse Dallari.
Passou pela reunião, no Ministério da Fazenda em São Paulo. O presidente da ABCFarma (do varejo), Pedro Zidoi. Ele foi entregar ao governo as listas com os novos preços dos medicamentos que chegaram às farmácias no dia 1.º.
Acordo semelhante ao firmado ontem já foi feito com laboratórios europeus e nacionais. O próximo passo é discutir com as entidades representativas da indústria.
Indagado se o governo estaria disposto a negociar o decreto 793, dos genéricos, Dallari disse: "Não, por enquanto." O decreto prevê que, nas embalagens dos medicamentos, o tamanho das letras da marca represente um terço do tamanho das letras do nome genérico. O decreto já está em vigor mas não está sendo cumprido pela indústria, que se diz protegida por liminares. O Superior Tribunal de Justiça vai julgar o decreto até meados de fevereiro.

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