São Paulo, domingo, 6 de fevereiro de 1994
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'Obra está no começo'

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

O governador do Ceará, Ciro Gomes (PSDB), disse que a situação sócio-econômica atual revela que "o Ceará não acabou sua obra, apenas começou". Para ele, o mérito do modelo administrativo iniciado por Tasso Jereissati, ao qual ele deu continuidade, foi ter "equilibrado o Estado para enfrentar os monstruosos problemas estruturais" da sociedade cearense".
As recentes declarações de cunho político de Ciro Gomes fizeram com que a cúpula do seu partido acreditasse que ele pretende lançar sua candidatura à Presidência, no caso de se mostrar inviável a opção pelo ministro Fernando Henrique Cardoso (Fazenda). Ciro desferiu ataques ao PMDB e ao PT, inviabilizando ainda mais as já difíceis alianças com o PSDB. Também tornou mais complicada a aprovação do Plano FHC no Congresso, minando as chances do ministro numa disputa eleitoral.
Máquina saudável
"Não devemos ter a ilusão que o Ceará é uma ilha de prosperidade no meio de um universo de pobreza e miséria, que é o Brasil. Ao contrário, o Ceará é o terceiro Estado mais pobre do país. O nosso projeto apenas acredita que isto pode ser diferente e é por isso que lutamos. O que aconteceu no Ceará é que conseguimos transformar sua máquina estatal na mais saudável do país", disse.
Para o governador cearense, parte dos indicadores sociais do Estado não acompanhou o ritmo do crescimento econômico verificado nos últimos oito anos devido a "condicionantes" externos. "Vivemos numa federação, e os elementos decisivos para solucionar muitos dos problemas estruturais do Ceará não estão ao nosso alcance", diz Ciro.
Ciro explica a explosão do cólera no Estado como uma consequência da falta de saneamento básico e da ignorância de parte da população. "Além disso, é bom lembrar que grande parte dos casos estão concentrados em Fortaleza, onde a responsabilidade maior pelo sistema de saúde é da prefeitura", disse. Ele afirma ter iniciado uma obra de saneamento em Fortaleza que vai ampliar a cobertura de esgotos de 12% para 78%.
Para Ciro, o grande desafio para seu governo tem sido mudar o quadro educacional do Estado.

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