São Paulo, domingo, 6 de fevereiro de 1994 |
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Jogo arriscado
ANDRÉ LAHOZ MENDONÇA DE BARROS As dificuldades da equipe econômica no Congresso vão deixando mais claro o jogo político em curso em Brasília. De um lado, há um ministro que é candidato a Presidência e responsável pelo plano que carrega o seu nome. De outro, o Parlamento, que teme que o sucesso do ministro o eleja presidente.Esse jogo terá, nessa semana, uma etapa decisiva. O Fundo Social de Emergência deverá ser votado na terça-feira, se houver quórum. Em caso de rejeição, FHC garante que renuncia. No entanto, o Congresso poderá aprovar o fundo com alterações, para evitar a renúncia e ao mesmo tempo não evidenciar uma vitória absoluta do governo. A dúvida que se abre é saber se FHC leva o plano em frente nessas condições. Em caso negativo, as incertezas e o nervosismo dos agentes se multiplicarão. Em caso positivo, o embate continua nas votações subsequentes –como a do Orçamento e, mais adiante, do salário mínimo. Esse conflito só terminaria se os congressistas se convencessem que FHC não será candidato. Como é difícil que isso ocorra, o mais provável é que somente em abril se resolva o jogo: ou porque o ministro continua no cargo ou, em caso alternativo, pela ausência de uma das equipes. Texto Anterior: Dicas ainda são os juros Próximo Texto: Dupla transição e a conclusão repugnante Índice |
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