São Paulo, domingo, 6 de fevereiro de 1994
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Grupo traça três cenários

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Grupo de Análise e Modelagem Macroeconômica do Ipea simulou três cenários para a economia do país este ano. No primeiro, haveria a continuidade da política econômica atual, com as taxas de juros reais de 18%. Esse cenário, considerado pouco provável, significaria inflação como a atual, queda de 1% no PIB e melhoria de US$ 3 bilhões no saldo da balança comercial.
O segundo cenário prevê um ajuste fiscal que zere a necessidade de financiamento do governo e a adoção de uma âncora cambial já no primeiro trimestre. Nesse caso, haveria euforia de consumo com a queda da inflação, para 17% ao mês no último trimestre, e crescimento do PIB de 3%. Os juros continuariam altos. Se houver uma demora com relação à adoção dessas medidas, o PIB cresceria 2% e a inflação seria de 20% ao mês no último trimestre.
No terceiro cenário, não haveria um ajuste fiscal efetivo. Os juros altos se tornariam insustentáveis e o governo teria de aumentar a base monetária. Com isso, a inflação explodiria, para 50% ao mês no último trimestre. Haveria ganhos salariais reais devido à superindexação e juros baixos e o PIB cresceria 2,7%.
(CPL)

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