São Paulo, domingo, 6 de fevereiro de 1994 |
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Metrô valoriza imóveis no bairro Tucuruvi
CLÁUDIA RIBEIRO MESQUITA
Segundo um estudo da empresa Amaral D'Avila Engenharia de Avaliações, a chegada do metrô pode proprocionar um "boom" imobiliário na região a curto e médio prazos. Muitos emprendedores, de acordo com o estudo, já começam a formar estoques de áreas de incorporações acreditando na valorização do bairro. Sobretudo para imóveis residenciais para as classes B e C na região da Parada Inglesa. Em 1993, por exemplo, segundo o Datafolha, foram lançadas no Tucuruvi 579 unidades, deixando o bairro em 4.º lugar no ranking de lançamentos e em 3.º lugar em vendas, com 478 apartamentos comercializados. O estudo da Amaral D'Avila aponta ainda o início de um processo de reurbanização nas imediações do terminal do Tucuruvi, com a transformação de casas em pontos comerciais. Segundo a Amaral D'Avila, o Tucuruvi não é uma área muito favorável à verticalização, mas há bolsões de Z3 e Z4, que permitem construções de até até quatro vezes a área do terreno. Nesse locais, já existem lançamentos de empreedimentos imobiliários. É o caso, por exemplo, da construtora Walfrido de Carvalho. A empresa, que atua bastante na zona norte, lançou um conjunto com apartamentos de dois dormitórios por US$ 48 mil na rua Alvaro Machado Pedrosa, próxima à estação Parada Inglesa, e já comercializou cerca de 50% das unidades. "O metrô é um excelente chamariz e o bairro está evoluindo", afirma Cláudio Landi de Carvalho, 32, diretor da construtora. O investimento na região, segundo ele, também se deve à boa infra-estrutura de serviços e transportes e ao baixo preço dos terrenos, que podem ser encontrados até por US$ 100 o m2. Nos próximos 30 dias, a Walfrido de Carvalho espera fazer o lançamento de um novo edifício, também de dois quartos, e está comprando mais dois terrenos para a construção de prédios com três dormitórios, que pretende vender por US$ 75 mil em média. "A região carece de apartamentos em geral e, em particular, de apartamentos com três dormitórios", avalia Landi de Carvalho. A R.A. Andrade também está de olho na região. O diretor de obras da empresa, Fleury Buzzato, 56, afirma que os lotes ainda não estão tão caros, o que permite um empreendimento com custo mais baixo. "Além disso, a zona norte ainda é um cantinho onde se respira", diz. A empresa está terminando um empreendimento de dois e três dormitórios na rua Tramway, próxima à Parada Inglesa, que deve ser entregue em três meses. As unidades estão sendo vendidas por US$ 75 mil, em média. Em maio, está previsto o lançamento de outro edifício na rua Francisco de Lira, no caminho do Jardim Tremembé. Para março, há um projeto de um novo prédio na mesma Tramway que ainda não foi definido. Texto Anterior: Securitização do espaço urbano Próximo Texto: Mercado britânico ensaia retomada em 94 Índice |
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