São Paulo, domingo, 6 de fevereiro de 1994
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Casal investe em fábrica de meias

Produção é feita em Campos do Jordão

ROBERTA JOVCHELEVICH
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A mania por meias foi o que levou o advogado Horácio Padovan Neto, 36, e sua mulher Regina, 31, a montar a Inverness –uma fábrica de meias em Campos do Jordão (175 km a Nordeste de São Paulo).
No início, a fábrica fornecia as meias exclusivamente para uma loja da cidade. Em três anos, quatro lojas da grife foram abertas: uma em Campos, duas em São Paulo e uma franquia-piloto no Rio. "Não imaginava tanto retorno", afirma o advogado, que já pensa em abrir uma filial em Gramado (RS).
Enquanto Padovan concilia a advocacia com a parte técnica do negócio, Regina gerencia a fábrica. A produção oscila de acordo com a demanda, a partir de um estoque regulador de 60 mil pares. As criações são elaboradas em cima de modelos importados. As peças custam de CR$ 1.450,00 (acrílico) até CR$ 7.000,00 (cashmere), para adultos, e a partir de CR$ 950,00, para crianças.
Além das meias lisas, tipo escocesas e do modelo curto para tênis, há estampas de todos os tipos, o que faz das próprias meias o principal motivo de decoração das lojas. Na loja do shopping Eldorado (zona oeste de São Paulo), por exemplo, há cerca de 15 mil pares em exposição. "Não posso tirar nenhum, senão desmonto a loja", diz Padovan.
As meias são confeccionadas em tecidos como algodão, "acri-cotton" (algodão misturado com acrílico), cashmere importado e lã. Entre os lançamentos deste ano estão a meia de algodão "cheirosa", que recebe um perfume floral depois de passar por um processo de lavagem semelhante ao do jeans e a meia estampada com a bandeira do Brasil. "Vamos aproveitar a Copa do Mundo", afirma Padovan.
Para ir contra a sazonalidade do produto, que tem seu pico de vendas registrado no inverno, o advogado está investindo neste verão na meia de "viscolin" (viscose com linho). (RJ)

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