São Paulo, domingo, 6 de fevereiro de 1994
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Micro e pequenas indústrias crescem em 93

DA REDAÇÃO

Micro e pequena indústrias crescem em 93
Uso da capacidade industrial passou de 61% para 67% de janeiro a dezembro, segundo os Indicadores
As micro e pequenas indústrias registraram crescimento no ano de 1993. Segundo os Indicadores Folha-Sebrae, as empresas de pequeno porte passaram do patamar de 61% no uso da capacidade industrial, em janeiro, para 67%, em dezembro.
Essa tendência de crescimento foi verificada nos quatro setores pesquisados, sendo que alimentação e vestuário lideraram a elevação no ano, passando de 55% para 68% e de 60% para 71%, respectivamente. Esse desempenho acompanha o da indústria no geral, que fechou o ano com aumento de 9% na produção, segundo dados da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Segundo Marco Antonio Aguiar, consultor do Sebrae, a principal diferença no comportamento das micro e pequenas para as médias e grandes recai sobre a mão-de-obra ocupada. Enquanto a Fiesp registrou queda de 3,8% no total de pessoal ocupado e o IBGE Brasil, queda de 2% (até outubro), os Indicadores Folha-Sebrae apontaram aumento de 0,9% na mão-de-obra total, de janeiro a dezembro.
Em relação a novembro, a pesquisa registrou uma ligeira queda no uso da capacidade industrial, que passou de 68% para 67% em dezembro, no total das seis regiões metropolitanas pesquisadas. No que se refere à mão-de-obra total houve uma redução de 1,7% de um mês para o outro. Na mão-de-obra de produção a queda foi maior: 3,2%.
Para janeiro, a expectativa de 40,7% dos entrevistados era de diminuição da produção. Apenas 21,1% esperavam crescimento e 38,2%, estabilidade. Os Indicadores são resultado de uma pesquisa exclusiva do Sebrae e da Folha sobre o desempenho da micro e pequena indústria. Publicada no caderno Tudo desde março de 93, ela já vinha sendo realizada desde janeiro do ano passado.

A pesquisa Folha-Sebrae envolve 500 micro e pequenas indústrias selecionadas a partir do Balcão Sebrae. 70% são microempresas (menos de 20 empregados) e 30% são pequenas (de 20 a 99 empregados). O projeto é uma realização de Glaucia Vasconcellos Vale (supervisão), Araguacy Affonso Rego, Carlos Henrique Rocha e Michel Veraco Bechara, do Sebrae Nacional, e de Marco Antonio de Souza Aguiar (consultor); a pesquisa de campo é coordenada por Ricieri Negrini (Sebrae SP), Nair Aparecida de Andrade (MG), Lucila Fenilli (RS), José Osvaldo Ramos (PE), Mário Toyaki Sakimoto (PR) e Lielson Almeida Coelho (BA).

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