São Paulo, terça-feira, 8 de fevereiro de 1994 |
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Itamar já estuda nomes para os eventuais substitutos na Fazenda
SÔNIA MOSSRI
O grupo palaciano reconhece que dificilmente o presidente Itamar indicaria um novo ministro da Fazenda sem pelo menos consultar Fernando Henrique. Malan, Ricúpero e o assessor especial da Fazenda, Edmar Bacha, são apontados como candidatos preferidos de Fernando Henrique Cardoso. Ricúpero, que era embaixador do Brasil em Washington, já esteve cotado para assumir o Itamarati. O ministro da Fazenda - caso deixasse o governo em função de uma rejeição pelo Congresso do seu pacote fiscal- preferiria ter o assessor especial da Fazenda, Edmar Bacha, como seu substituto. Segundo a Folha apurou, Bacha já confidenciou a amigos que não aceitaria o posto de ministro, mesmo na hipótese de o plano ser aprovado pelo Legislativo e Fernando Henrique sair candidato à Presidência da República. Ele alega razões familiares. Por este mesmo motivo -a família mora no Rio de Janeiro- o assessor relutou em aceitar uma função na equipe econômica. Além disso, Bacha não tem a simpatia do chamado "grupo de Juiz de Fora", integrado por amigos do presidente Itamar Franco Lobby O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Mauro Durante, é um dos que fazem o lobby em favor de Osiris Lopes. O secretário da Receita Fderal acabou caindo nas graças de Itamar em função de seu discurso de combate aos sonegadores e uma maior cobrança de impostos das instituições financeiras. Apesar disso, Osiris tem como pontos desfavoráveis o pouco trânsito junto ao empresariado e à comunidade financeira, critérios que não pesaram na escolha dos três primeiros ministros da Fazenda de Itamar - Gustavo Krause, Paulo Haddad e Eliseu Resende. O secretário-executivo da Fazenda, Clóvis Carvalho, é apontado pela equipe de Fernando Henrique como candidato ao cargo, apesar de ter poucas chances. No grupo palaciano, o presidente do Banco do Brasil, Alcir Calliari, também tem prestigio. Tanto Osiris quanto Calliari significariam o retorno da política do "feijão com arroz" executada por Mailson da Nóbrega no último ano do governo Sarney, sem aventuras depois do fracasso do Plano Verão, adotado pelo ministro em janeiro de 89. Texto Anterior: Atraso no FSE impede o acordo da dívida Próximo Texto: Dívida é de grande produtor Índice |
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