São Paulo, quarta-feira, 9 de fevereiro de 1994 |
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Blitz mostra que hospital da zona leste tem 46% de leitos desativados
PATRICIA DECIA
A vistoria é a primeira de uma série planejada pelo Conselho para os hospitais, pronto-socorros e unidades básicas da rede municipal. Foram verificados número de leitos, equipamentos, medicamentos disponíveis e funcionários. Segundo o médico Ronaldo Fiore, do Conselho, o principal problema é a falta de médicos. O ambulatório de pediatria do hospital está praticamente desativado. Como não há médicos nos finais de semana, a diretoria evita internar crianças. Caso haja internações, as crianças vão na sexta-feira para outro hospital e voltam segunda. A sala de observação clínica apresenta risco de contaminação. Não há divisão para homens e mulheres. Pessoas com doenças contagiosas –como tuberculose e Aids– dividem o local outros doentes. Também não faltam pacientes nos corredores esperando por remoção para outro hospital. O mecanógrafo João Teixeira Neto, 49, chegou ao hospital às 18h de anteontem com o fêmur quebrado. Ele precisava ser operado e, até as 17h de ontem, esperava por uma vaga em outro hospital deitado em uma maca no corredor do hospital. O hospital foi escolhido através de sorteio 30 minutos antes da vistoria. O Conselho –formado por representantes da população, médicos, servidores e da prefeitura– vai elaborar um relatório que será encaminhado à Secretaria da Saúde, pedindo providências. O conselho gestor do hospital receberá cópia do documento e ficará encarregado de realizar novas vistorias no local. Texto Anterior: Técnicos alertam para novos riscos no Litoral Norte Próximo Texto: Presidente do TJ quer agilizar processos Índice |
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