São Paulo, quarta-feira, 9 de fevereiro de 1994
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Desemprego de mais de 4 milhões é recorde na Alemanha unificada

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O número de desempregados na Alemanha unificada superou 4 milhões em janeiro, o que marca o recorde do pós-Guerra.
Nas últimas semanas, políticos traçaram paralelos entre a situação atual e o nível de 5 milhões de desempregados da República Weimar (1919-1933), que antecedeu o nazismo. Para os historiadores, no entanto, a democracia tem raízes profundas no país e não será abalada pelo desemprego em alta.
O ministro da Economia, Guenter Rexrodt, disse que o desemprego vai continuar crescendo este ano, mesmo que a economia alemã se recupere da pior recessão do pós-Guerra. "Não se trata de uma crise econômica normal, mas de um profunda crise estrutural."
A agência federal de estatísticas informou que o número de desempregados chegou a 2,74 milhões na ex-Alemanha Ocidental –"o número mais alto em registro, em termos absolutos"–e a 1,29 milhão no lado oriental, o que resultou num total de 4,03 milhões.
A taxa de desemprego –que saltou de 8,1% em dezembro para 8,8% em janeiro– é a mais alta do pós-Guerra na ex-Alemanha Ocidental desde os 10,6% em janeiro de 1985, mas a população economicamente ativa era muito menor na época. Houve ainda taxas mais altas nos anos 50.
Na ex-Alemanha Oriental, a taxa subiu de 15,4% em dezembro para 17% em janeiro.
No Brasil, a taxa de desemprego apurada em dezembro pelo IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) foi de 4,39%. Mas a taxa se refere apenas a seis regiões metropolitanas (São Paulo, Rio, Recife, Belo Horizonte, Porto Alegre e Salvador).

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