São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 1994 |
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Supermercado quer conversão pela média
MÁRCIA DE CHIARA
Durante a tarde de ontem, a direção da Associação Paulista de Supermercados (Apas) esteve reunida com o economista da Fundação Getúlio Vargas, Yoshiaki Nakano. Ele é o consultor que está alinhavando um documento a ser entregue após o Carnaval para José Milton Dallari, assessor especial de preços do Ministério da Fazenda. No documento, endossado pela Associação Brasileira de Supermercados, estão as sugestões para a implantação da URV. "É impossível trabalhar com dois sistemas, comprar em URV e vender em cruzeiros reais", diz Armando Jorge Peralta, presidente da Apas. Como os supermercados têm mais de mil fornecedores, torna-se difícil operacionalizar a implantação da URV de forma não compulsória, segundo ele. Para resolver essa questão, o vice-presidente da Apas, Firmino Batista Rodrigues, disse à Folha, na semana passada, que a saída seria adotar a URV como moeda. Os donos de supermercados defendem a conversão das tarifas públicas, dos salários e dos preços dos setores competitivos e das estatais pela média à vista, desde que a inflação seja nula ou muito próxima de zero - no patamar de 10% ao ano. Isso porque converter a cotação à vista pela média significa retirar a expectativa de inflação embutida nos preços durante o período que eles estão em vigor. Caso a inflação não fique próxima de zero, o setor vai ter dificuldades, diz Peralta. Os supermercadistas sugerem a aplicação da tablita nas contas a pagar. Como 90% de suas compras são faturadas em 28 dias, essa seria fórmula para retirar o custo financeiro incluído no preço. Assim, seria evitado o descompasso entre o custo e preço de venda que na época do plano Collor provocou crise financeira no setor. Texto Anterior: BC elabora proposta para refinanciamento Próximo Texto: Governo perde batalha na venda de NTN Índice |
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