São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 1994 |
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Homens roubam cena de modelos
EVA JOORY E ERIKA PALOMINO
Dois desfiles em São Paulo acabaram por colocar em evidência um personagem até então com papel quase coadjuvante no mundo da moda brasileira: os homens, que brilharam nas passarelas esta semana. A marca de roupa masculina Bavardage e a fábrica de acessórios Armadilha, com apresentações também dirigidas por homens (Paulo Borges e Pazetto, respectivamente), desviaram a atenção do já manjado circuito das top models –mulheres– e comprovaram o talento de nomes pouco conhecidos fora do meio de moda. Entre eles, Rolf William Klecker Jr., 25, Tito Oliver, 24, Celso Senna, 27 e Sergio Rocha, 33. Qualidades de um bom modelo: presença na passarela, simplicidade no andar, altura e forma física, mas sem exagero, na opinião de Paulo Borges. Para Pazetto, é preciso ter atitude para desfilar, e conseguir se adaptar às necessidades do trabalho. Como as modelos, os tops brasileiros são plenamente aceitos no mercado internacional. Desfilam para marcas masculinas importantes como Giorgio Armani, Issey Miyake e Paul Smith. Vivem alguns meses no Brasil (com exceção do sul-africano Rolf, que adotou o Brasil há dois anos), e outros no exterior, entre Milão, Paris e Tóquio. "O pior aspecto da profissão é a competição dentro do mercado", diz Rolf, 5 anos de profissão, que já chegou a ganhar cerca de US$ 140 mil por ano (cerca de CR$ 70 milhões). O modelo paulistano Sérgio Rocha diz que o que o mantém na profissão é o dinheiro. Em um ano de trabalho, ganha cerca de US$ 50 mil (CR$ 25 milhões). Texto Anterior: Hopkins segue seu caminho estelar Próximo Texto: Armadilha monta circo cyberpunk Índice |
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