São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 1994
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Tensão marca os encontros

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Tensas reuniões de cúpula entre os chefes de governo dos EUA e do Japão têm sido frequentes nos últimos dois anos. Em janeiro de 92, o então presidente George Bush precisava de qualquer impulso para a sua já claudicante campanha pela reeleição e anunciou uma viagem a Tóquio como uma missão "para criar empregos, empregos e mais empregos".
O fracasso não poderia ter sido mais completo. Bush não apenas não conseguiu qualquer acordo comercial que aumentasse as exportações dos EUA para o Japão como ainda sofreu o vexame de vomitar e desmaiar sobre o então premiê Kiichi Miyazawa durante o jantar de gala da viagem, vítima de forte ataque de gripe intestinal.
Em abril de 93, Miyazawa esteve em Washington já com Clinton. Não fizeram qualquer esforço para disfarçar as dificuldades da relação pessoal entre os dois. Duas semanas antes, Clinton havia dito a jornalistas que os japoneses muitas vezem dizem "não" quando querem dizer "sim".
Miyazawa perguntou a Clinton no meio da entrevista coletiva se ele conhecia a música americana "Sim, Nós Não Temos Bananas". O presidente nunca tinha ouvido falar da canção de Frank Silver e Irving Cohn (de 1923) e tentou acabar com o mal estar dizendo que toda aquela situação lhe parecia "bananas" (louca, na gíria dos EUA). (CELS)

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