São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 1994
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Arquivo é prioridade

DA REPORTAGEM LOCAL

O arquivo contra os adversários quercistas tem sido uma das poucas atividades dos escritórios de Quércia em São Paulo e Campinas (SP). Por enquanto, são poucas as iniciativas com o objetivo de fortalecer a campanha quercista a presidente da República. Somente depois do Carnaval, será montada a estrutura para a disputa da convenção peemedebista e, mais tarde, para a campanha eleitoral.
Nemércio Nogueira, assessor de imprensa de Quércia, nega a existência de arquivos contra os adversários quercistas. Para ele, não há jornalistas contratados para pesquisar a vida de políticos. Até agora, segundo Nogueira, a assessoria do ex-governador tem se limitado a distribuir cópias da defesa que Quércia fez na executiva do PMDB, no início de janeiro, sobre acusações de que enriquecera iliciamente.
Nogueira informou que foram distribuídas cerca de 300 mil cópias desse texto. No último fim de ano, a assessoria do ex-governador também distribuiu um dossiê mais amplo com explicações sobre o passado político do ex-govrnador. Consta desse documento cópia de uma auditoria feita no patrimônio de Quércia pela empresa de consultoria Trevisan.
A assesoria de Quércia também distribuiu cerca de cem exemplares do livro "Jornalismo de In(ve)stigação", do jornalista Sérgio Buarque de Gusmão. No livro, Gusmão defende o ex-governador de acusações de irregularidades ocorridas durante sua passagem pelo governo paulista. Outra atividade do quercismo é um abaixo-assinado que busca adesões à sua candidatura ao Planalto.
O MR-8, braço quercista da esquerda, tem feito pichações sobre a candiatura de Quércia em várias capitais. "Quércia vem aí", diz a mensagem. Mas a assessoria quercista não tem gostado da iniciativa. No Rio, uma das inscrições foi feita no muro de um cemitério e causou protestos da população.

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