São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 1994 |
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25 bonecos gigantes 'dançam' em Olinda Figuras satirizam personalidades FÁBIO GUIBU
Só neste ano, 25 novos bonecos criados pelo artista vão sair às ruas, conduzidos por agremiações que pagaram até US$ 1.500 por uma de suas criações. O artista trabalha sob encomenda, com antecedência de até sete meses. Mesmo assim, ele é obrigado a recusar pedidos "por pura falta de tempo para atender a todos", afirma. Equilíbrio Anualmente, Botelho utiliza 3.000 sacos vazios de cimento e isopor para confeccionar seus bonecos. As figuras, que medem 3,5 metros e pesam 25 quilos, são transportadas nos ombros por apenas uma pessoa. Uma estrutura de madeira ou alumínio é o que garante o equilíbrio. A fama do "bonequeiro", como é conhecido o artista em Olinda, já ultrapassou fronteiras. Além de fornecer suas criações para outros Estados, Botelho já recebeu encomenda dos Estados Unidos e agora também é protagonista de um documentário da TV francesa, "Plus". Dissidência A tradição dos bonecos gigantes, conta o artista, nasceu em 1932, com uma dissidência da troça Cariri, que desfilava sempre às 4h da manhã nos sábados de Carnaval. Os dissidentes resolveram que era preciso um fato original para marcar a presença na cidade do novo bloco. Por meio de Severino Barbaça, criaram então o "Homem da Meia-Noite" e passaram a desfilar quatro horas antes do concorrente. Barbaça já morreu, mas seu boneco gigante ainda faz sucesso. É a mais conhecida das cerca de 250 figuras que todos os anos saem às ruas de Olinda, arrastando milhares de pessoas por onde passam. Texto Anterior: Repúblicas de Sertãozinho prometem festa Próximo Texto: Encontro de maracatu reúne 63 grupos em Olinda Índice |
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