São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 1994 |
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Turista teme mais chuvas
DO ENVIADO ESPECIAL Um espectro paira sobre o litoral norte nos dias de folia –o espectro da chuva. Os adeptos de São Sebastião ficaram traumatizados com o aguaceiro que desabou por quase 12 horas entre o domingo e a segunda-feira da semana passada. Foi a maior chuva em mais de 40 anos. Teme-se um bis. E as nuvens induzem ao pessimismo devastador."A chuva de domingo foi uma experiência traumática", lembra o restaurateur Édson Vieira Engel. Sua casa ergue-se sobre palafitas, mas não escapou –a marca d'água chega a 30 cm, ou quase dois metros acima do chão. Os telefones ficaram mudos por dois dias e os moradores de Camburi empreenderam mutirões para ajudar as vítimas preferenciais. A ameaça fez com que muita gente desistisse de passar o Carnaval nas praias que se estendem de Bertioga até Ubatuba. As prefeituras estimam em 20% a redução do movimento em relação ao megaferiado do ano passado. Em Camburi, quatro interrupções no fornecimento de energia elétrica foram saudados como "mau agouro". A Eletropaulo alegou "problemas no fornecimento". Engel acha que a região precisa de um banho de loja –ou de marketing. "Não podemos vender o sol para as pessoas, porque é uma mercadoria realmente rara por aqui", brinca. Ele propõe uma exploração da chuva. "Essas praias têm o apelo da montanha, por causa da Serra do Mar", explica. "Que tal vender a combinação serra e mar?"(SSL) Texto Anterior: Praia paulista importa badalação urbana Próximo Texto: Violação da intimidade não é crime previsto em lei Índice |
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