São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 1994
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INÊS STOCKLER; virada LÍRICA

GEORGE ALONSO

INÊS STOCKLER
virada LÍRICA
A ópera é como uma escola de samba. Você usa o corpo e a voz, tem muita gente e tudo precisa sair harmonizado. A comparação é de Inês Stockler, 31, jovem contralto e meio-soprano paulistana que acabou de se exibir na Ópera da Bastilha, em Paris. Até os 17, apaixonada por Elis Regina, cantava no conjuntinho pop "Os Camarões", no colégio. Em dezembro, brilhou como gueixa (foto) em "Madame Butterfly", ópera de Puccini, dirigida por Bob Wilson na capital francesa. A virada lírica de Inês começou em 1982, quando foi estudar canto na Universidade Robert Schumann, em Dusseldorf. Em espartanos sete anos virou solista e apresentou vários espetáculos na Alemanha. Em 1990, mudou para Paris e deu uma piradinha: fez um rali a cavalo pelo Saara. Mas foram só 15 dias de descanso. Voltou a estudar pesado com duas meios-sopranos famosas: a romena Viorica Cortez e a alemã Christa Ludwig. Em setembro de 1993, ficou em quinto lugar no concurso de ópera de Verviers (Bélgica), que revela novos talentos. Com visto de entrada no enxuto clube do canto lírico, Inês viaja com "Madame Butterfly" à Coréia do Sul, em abril. Ela canta em oito línguas. Em português? "Bem, aqui você ainda precisa pagar para trabalhar", diz.

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