São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 1994
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Thunderbird acompanha a badalação nos camarotes

MARCELO MIGLIACCIO
DA SUCURSAL DO RIO

A Rede Globo mobilizou dois mil profissionais –quase o equivalente ao número de componentes de uma escola de samba– para a cobertura do Carnaval deste ano em todo o Brasil. De Luiz Thunderbird a Fernando Vanucci, a fauna global estará toda mobilizada na operação.
A base principal da Globo está instalada no Sambódromo, Rio de Janeiro, onde a emissora centralizará suas transmissões nas noites de hoje e de amanhã. Só na Marquês de Sapucaí, serão 600 pessoas trabalhando.
A primeira novidade deste ano foi a transmissão integral dos desfiles das escolas de samba de São Paulo, na noite de ontem. Para hoje, mais inovações estão previstas, a partir das 19h, quando será iniciada s transmissão do desfile das escolas de samba do Grupo Especial carioca (leia à pág. 10 a ordem e o horário previsto de entrada das escolas).
As 20h, a Globo faz pausa para o "Fantástico". Depois do programa, entra em pool com a Manchete para cair no samba até o sol raiar.
A cobertura deste ano não terá os comentaristas de outros carnavais. Fernando Vanucci, que ocupou o posto em outros anos, e Fátima Bernardes vão narrar os desfiles com a missão de dar o máximo de informações sobre cada escola.
Nos camarotes, a badalação dos famosos vai ser acompanhada por Virgínia Novick, aquela que ouve o povo na rua no programa "Você Decide", e por Luiz Thunderbird, ex-MTV.
O pool Globo-Manchete atuará no Sambódromo com 14 cameras. A emissora de Roberto Marinho, entretanto, reservou outras 11 exclusivamente para suas equipes de jornalismo. Dez repórteres estarão distribuídos pela passarela, incumbidos de coletar opiniões e informações sobre cada uma das 16 escolas que desfilarão hoje e amanhã.
Nos intervalos após a passagem de cada agremiação, quando o bloco dos garis estiver limpando a avenida, a Globo vai abrir sinal para 11 praças, de onde outros repórteres darão informações sobre os carnavais locais. Salvador, Recife e Fortaleza terão coberturas especiais nas duas noites.
O diretor da transmissão do Sambódromo, Carlos Amorim, diz que este ano haverá menos cortes de imagem durante a passagem das escolas de samba. A idéia é permitir que os enredos sejam melhor assimilados pelo telespectador. "O carnavalesco cria seu desfile como uma ópera popular. Se a TV picota, corta demais a transmissão, essa estrutura se perde", explica.
Para saber qual escola foi a favorita do público, a Globo instalou no Sambódromo um mini-instituto de pesquisas computadorizado. Também o Ibope estará aferindo nas arquibancadas a opinião de parte dos 60 mil espectadores sobre o desfile. Na quarta-feira à tarde, a emissora apresenta a apuração dos resultados oficiais, direto da Praça da Apoteose. (Marcelo Migliaccio)

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