São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 1994 |
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O fantasma e sua ópera
INÁCIO ARAUJO "Fitzcarraldo" não é o melhor filme do alemão Werner Herzog. Em alguns momentos, chega a anunciar a saturação temática a que chegou seu cinema. Mas essa história de grandeza e insânia tem momentos memoráveis. Quando o sonhador Fitzcarraldo, em seu navio, rasga o rio com o gramofone ligado e a música em altos brados, ninguém mais pensa em loucura: é como se toda a ópera tivesse sido feita para a Amazônia. Como se a Amazônia existisse para absorver a música. Ninguém poderia, melhor do que Klaus Kinski, fazer esse fantasma europeu perdido na linha do Equador e transformar em real a dimensão do sonho. (IA)FITZCARRALDO (Fitzcarraldo). Alemanha, França, 1982, 157 min. Direção: Werner Herzog. Com Klaus Kinski, Claudia Cardinale, José Lewgoy. Legendado. Na Bandeirantes. Texto Anterior: Thunderbird acompanha a badalação nos camarotes Próximo Texto: Vamo lá! É Carnaval! Olha a genitália desnuda aí, gente! Índice |
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