São Paulo, segunda-feira, 14 de fevereiro de 1994
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Coerência deve ser mantida, diz líder do governo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O líder do governo na Câmara, Luiz Carlos Santos (PMDB-SP), afirma que o partido tem que manter sua coerência. Se votou a favor do FSE em 1º turno, não pode agora derrubar as desvinculações constitucionais de recursos da educação e habitação previstas no projeto. "O FSE surgiu exatamente para diminuir o engessamento de recursos do Orçamento. Isso acabaria com o plano de zerar o déficit público para combater a inflação", afirma.
Luiz Carlos Santos diz que não tem idéia do tamanho da participação do PMDB no governo, mas se dispõe a "discutir o assunto" com os membros da bancada e até com o presidente Itamar Franco. "Meu papel agora é ouvir e procurar solução para os problemas", disse.
Ele discorda de Tarcísio Delgado quando o líder defende a candidatura à Presidência do deputado Antônio Britto (PMDB-RS). Luiz Carlos Santos acha que deve ser tentada uma aliança com o PSDB, mas, ao contrário do líder do partido, defende que essa aliança vá até o PFL. "Não acho oportuno se discutir nomes nesse momento. As candidaturas agora lançadas correm o risco de envelhecimento precoce."
O líder do governo também não concorda com Delgado na tese de que, com a aprovação do FSE pelo Congresso, o ministro FHC tem que permanecer em seu cargo. "O futuro para o ministro só depende de uma coisa: seu êxito. Se ele tiver êxito no combate à inflação, tudo é possível para ele", afirma.

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