São Paulo, segunda-feira, 14 de fevereiro de 1994
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Sequestro de cônsul no Rio acaba depois de 40 dias

DA SUCURSAL DO RIO

Depois de 40 dias de cativeiro, foi libertado, na madrugada de ontem, o empresário e cônsul honorário de Portugal para a região de Duque de Caxias (RJ) Antônio da Silva Duarte, 51. Dono de dois frigoríficos na Baixada Fluminense, o empresário é pai do deputado estadual Toninho Duarte (PDT-RJ).
Na casa do empresário, em Olaria (zona norte), um homem, que se identificou como jardineiro, afirmou, pelo telefone, que Duarte foi libertado às 3h, em local desconhecido. Logo depois, pegou um táxi para casa. Ele disse não ter informações sobre o pagamento de resgate, e que Duarte está bem e foi descansar com a família na casa de um amigo, no interior do Estado.
No final de janeiro, a família do empresário informou que havia pago resgate de US$ 150 mil, mas que ele não havia sido libertado. O caso do sequestro de Duarte chegou até Brasília, pois autoridades diplomáticas portuguesas começaram a pressionar o governo brasileiro.
Um dos maiores fornecedores de carne da Baixada Fluminense e presidente do Sindicato dos Frigoríficos do Estado do Rio, Duarte foi sequestrado em 5 de janeiro. Os 12 sequestradores chegaram em dois carros e duas motocicletas. Afirmando que estavam investigando denúncia de que o frigorífico estava comerciando carne roubada, entraram sem problemas no estabelecimento. Após renderem cinco funcionários, os sequestradores fugiram com Duarte.
Na fuga, um carro com agentes do serviço secreto (P2) da Polícia Militar chegou a perseguir os sequestradores, sem sucesso, pela rodovia Washington Luís (Rio-Petrópolis). Logo após o sequestro, o deputado Toninho Duarte ligou para o vice-governador e secretário de Polícia Civil, Nilo Batista. Desde então, as investigações sobre o sequestro vinham sendo realizadas pela Divisão Anti-Sequestro.

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