São Paulo, terça-feira, 15 de fevereiro de 1994
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Jogadores vão discutir os salários com a NBA

FÁBIO SORMANI
ENVIADO ESPECIAL AOS EUA

O All Star Game não ficou restrito apenas à competição. Muito se falou em dinheiro em Minneapolis. Jogadores, dirigentes e até empresários foram vistos entrando e saindo de reuniões onde se discutiu o futuro do basquete norte-americano.
Na sexta-feira passada, Buck Williams, atleta do Portland Trail Blazers, foi eleito presidente da Associação dos Jogadores da NBA. O anúncio foi feito por Charles Grantham, diretor executivo da associação.
Grantham disse que a nova diretoria tomará posse depois de terminada a atual temporada. Williams vai substituir Isiah Thomas, jogador do Detroit Pistons, que pediu demissão do cargo porque vai assumir o controle de 10% das ações do time da terra do automóvel, no valor de US$ 55 milhões, e concluiu que seriam conflitantes as duas funções.
Entre outras coisas, Grantham disse que a associação vai pedir que a NBA reveja a porcentagem que cabe aos jogadores em publicidade. Na última temporada, a NBA amealhou a quantia de US$ 3 bilhões, sendo que os jogadores ficaram com US$ 500 mil. Os atletas, responsáveis pelo show, querem mais. Não disseram quanto, mas querem.
Além disso, Grantham afirmou que a entidade vai pedir para que a NBA acabe com o teto salarial imposto às equipes, o que impede que os jogadores recebam o que imaginam que possam valer. Só para se ter uma idéia da atual situação, Michael Jordan, que deixou o basquete e foi para o beisebol, recebia do Chicago Bulls US$ 4 milhões por temporada, sendo que seus rendimentos no ano que passou chegaram à casa dos US$ 36 milhões. Mas o basquete da NBA não trabalha apenas no azul e muitos times estão no vermelho.

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